No clássico com o mais elevado teor homoerótico do futebol brasileiro, deu quem mais queria dar: Fluminense. Mesmo sem cair de quatro, o São Paulo levou uma bela comida. Foi uma vitória épica, histórica e inédita, daquelas que todo mundo sonha em ver para o seu time - e só por isso eu usei "Fluzão" ao invés de Flor no título.
Eu sempre torço contra nossos rivais, mas confesso que gosto quando qualquer time carioca ganha de qualquer time paulista. É sempre bom ver aquele bando de torcedores arrogantes e bairristas da imprensa descendo do pedestal. Por isso até que fiquei feliz. E agora que tudo voltou à normalidade e eu voltei a secar o Flor como de praxe, devo continuar feliz por mais algum tempo. Porque se depender do salto alto tricolor, a queda na Libertadores vai doer bastante.
Depois do jogo, Renato Gaúcho saiu falando por aí que era "derrubador de tabus" e que "o Boca entrou na 2a fase pela porta dos fundos". Menos, por favor, menos. Gosto do Renato, acho legal esse jeito de técnico que fala o idioma do jogador e que empurra o Valdir Papel, mas ele já começou a se deixar levar pelo momento e já está falando demais. Podem até defendê-lo dizendo que ele apenas quer passar confiança ao elenco, mas pra mim isso não passa de material pra torcida adversária fazer piada depois que o time for desclassificado.
O negócio é que o Boca Juniors não leva vantagem apenas por ser mais experiente; é também "não brasileiro". Isso significa que não acha que jogar fora de casa é um bicho de sete cabeças, muito pelo contrário. Parece até que se sente melhor no campo do adversário.
Por isso, é bom que os amigos tricoletes se lembrem de que botar as barbas de molho é um ingrediente essencial na receita de cada grande conquista. Caso o contrário, a Fla-Boca é que vai acabar lembrando uma porção de coisas depois da eventual queda na Libertadores.
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário