segunda-feira, 2 de junho de 2008

O suficiente

Jardel, um dos maiores cabeceadores do futebol brasileiro, sabia muito bem que a cabeça não é feita só pra jogar bola e tratou de presentar o mundo com reflexões e conjecturas a respeito do esporte. Na mais bela delas, reside o melhor comentário sobre o FlaxFlu do último domingo: clássico é clássico e vice-versa.

A obrigação da vitória naturalmente era do Flamengo, uma vez que o Flor entrava com os reservas em campo. Mas quando falamos d´O Clássico, aquele que teve início 45 minutos antes do nada, é impossível fazer previsões.

Fosse qualquer outro time do lado de lá, fechado na defesa, o Mengão não teria tido dificuldades pra vencer. Mas, com a mística em campo, tudo parecia conspirar contra, desde as traves do Maracanã, que parecem ter se mexido um par de vezes, até a atuação do goleiro Fernando Henrique, que pegou tudo. Isso, claro, até ele inventar de pegar a perna do Juan e ver o Leo Moura colocar um “quase” numa atuação que teria sido perfeita.  


Se uma vitória por meio a zero já seria suficiente, o Flamengo tem motivos de sobra pra comemorar, pois conseguiu o dobro. Agora Fla e Flu, com 10 e 1 ponto, respectivamente, agora ensanduícham o Brasileirão, com o tricolor em último e o rubro-negro em segundo – o Cruzeiro, pelo saldo de gols, fica de azeitona do palito.

Notas:
  • O Flamengo, apesar da vitória, jogou mal. Marcinho e Tardelli (o que foi aquilo?) são bons jogadores e marcam gols, mas costumam sumir de uma maneira impressionante.

  • É muito bom ver o Maxi em campo. É um jogador aguerrido, veloz e que parece não sentir o peso do jogo. Acho que ele tem as características de um perfeito atacante coadjuvante, do tipo Luizão do Amoroso, Sávio do Romário e Donizete do Túlio. Espero que ele seja titular no próximo – embora tenha quase certeza de que o Caio Jr. vai adiantar o Marcinho e colocar o Renato Augusto de titular.

Também vale destacar a atuação do resto do futebol carioca na rodada. O Vasco vinha perdendo pro Grêmio em casa até a noite cair e o atacante Jean entrar em campo. Aparentemente, a temporada de recuperação na clínica do Dr. Drácula, na Transilvânia, fez bem ao atacante, autor dos dois gols. Um volta animadora mas, apesar de ainda ser cedo para previsões, não é bom botar fé. Precisa mostrar muito serviço ainda pra tirar a fama de jogador chupa-sangue.

E atenção botafoguenses: chorar agora dá cadeia.

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